Aproveitei o sol de inverno e fui conhecer O Barro – Alojamento local no Alentejo português. Feito com muito charme e que preserva em detalhes as características dessa zona de Portugal. Quer conhecer? Continua por aqui.
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O REDONDO
A vila do Redondo fica a 37Km de Évora ( para você se situar), tem data de criação registrada em 1318 quando o Rei D. Dinis ainda andava por essa terra e hoje, são cerca de 7000 mil habitantes que vivem por lá.
Agora imagina um lugar tranquilo, de gente simpática e acolhedora? Pois é! Simplesmente foi isso que senti logo quando cheguei na cidade.
Não tínhamos vaga para estacionar e adivinha? Perguntamos a um morador se podíamos colocar naquela esquina logo ao lado do carro dele. A resposta foi: “Coloca aqui na minha vaga, vou sair já já!” ( Coisa que não vejo em Lisboa, desculpe a sinceridade caros amigos lisboetas).
A região é considerada parte integrante do alentejo central e está cercada pelos concelhos de Estremoz, Borba, Vila Viçosa e Alandroal. Confesso que nunca tinha ouvido falar sobre alguns desses concelhos. Mas fica tudo pertinho. Prometo escrever sobre o que conhecer no Redondo, enquanto isso vamos a hospedagem…
O PROPRIETÁRIO
Por que vou começar falando sobre ele? Porque definitivamente acredito que a alma do negócio está em quem administra. Nos encontramos com o Silvestre em Évora, conversamos, trocamos algumas experiências e de lá seguimos para o Redondo.
A história do lugar se cruza com a história do Silvestre que morou praticamente toda sua vida na rua, mesmo em frente a hospedagem. E definitivamente dá pra ver nos olhos dele a paixão pelo Alentejo, pelo alojamento e pela história que ele quer construir com o espaço. Ou melhor com o legado que ele deseja construir.
HISTÓRIA
Logo quando entramos no alojamento na parede da entrada damos de cara com a lareira. Só Deus sabe o quanto eu gosto de lareira no inverno!
E em cima da lareira está uma placa em azulejo escrito “ Restaurante O Barro”. Restaurante Sabrina? Calma que eu explico, foi aqui que tudo começou.
Na verdade a casa pertenceu a uma senhora tradicional da vila durante muitos anos e depois foi comprada para se tornar o restaurante, que também foi muito famoso e frequentado durante muito tempo.
Após muitos anos de funcionamento do restaurante a vivenda ficou fechada e foi comprada novamente para enfim se tornar o barro – Alojamento Local.
Claro que algumas adaptações foram feitas para que o restaurante se tornasse um alojamento, mas a estrutura principal e as características do alentejo português estão todas lá.
Outra parte bem legal que o Silvestre nos contou, foi que muitos objetos e móveis são pessoais, familiares ou do próprio espaço e são todos originais. E acredite são tantos detalhes que eu fiquei boa parte do tempo olhando e imaginando quanto história havia por trás de cada foto, quadro e recorte de revista nas paredes.
A HOSPEDAGEM
A hospedagem fica super bem localizada, próximo de tudo na vila. Aliás, a vila não é muito grande e bem pertinho encontramos a entrada das muralhas do castelo (ou que restou dele), a igreja Matriz de N. Sra. de Assumpção e o restaurante “A torre” onde comemos um jantar bem típico.
Um pouco mais afastado, mas bem pouco mesmo, encontramos o Museu do Barro, o Museu do vinho e a praça central da cidade.
Como estávamos no clima de descanso e minha barrigona de grávida me dá uma canseira enorme ( Vem Letícia!!!!), tiramos o final de semana para aproveitar a lareira, beber um vinho do alentejo ( ele né? Eu fiquei salivando!!!! Veeeeeem Letícia!) e para descansar do barulho e agito que a vida empurra para nossa rotina.
*Não tem nenhuma produção nem charme meu nessas fotos. Foca no lugar!! 😀 Hahaha
A hospedagem é no estilo mezanino ( Quando um espaço tem um pé-direito alto e há na por cima um “segundo andar”).
Na parte de baixo temos um ‘sofázão” ( Que serve para um terceiro hóspede) pertinho da lareira, onde eu me joguei e por lá fiquei.
Temos a lareira (desejada lareira), uma pequena sala antes da cozinha bem decorada à moda alentejana onde ficam taças, máquina de café e vinhos para você abrir e aproveitar o momento, ao lado está a cozinha e o banheiro (ou casa de banho).
Detalhe: Na entrada do banheiro há uma talha, uma espécie de vaso gigante romano onde se armazenavam os vinhos e dela fizeram uma pia. Coisa mais linda!
Outra coisa que foi nossa salvação. Deixaram para gente na geladeira suco, achocolatado, água, frutas, “Presunto&Mussarela”, geleia, manteiga e até pãozinho alentejano. Como já tínhamos comprado algumas coisas para levar, chocolate por exemplo (sempre na mala), complementamos nosso café da manhã e foi PERFEITO! Não precisamos gastar e nem sair de casa.
Nossa intenção era realmente aproveitar o espaço, sentir o clima alentejano e ouvir o sino da igreja. Mas se você quiser sair para complementar o café há um supermercado da marca Minipreço na vila. Fique atento só com os horários nos finais de semana.
Se de tudo não encontrar nem mesmo em tasquinhas e bares o que você quer, o jeito é ir a Évora. Mas como sou uma pessoa legal vou te dizer para fazer o contrário: Passe por Évora na ida e compre o que quiser.
Até porque na cozinha da hospedagem há fogão, microondas, torradeira, esquentadora de água, talheres, pratos feitos de barro… É para se trancar, desligar o telefone e relaxar!
No segundo andar é o quarto do casal. Tantos detalhes que nem sei por onde começar. Na cama recebemos os mimos da marca Rituals. Achei de uma qualidade e de um bom gosto sem comentários.
Tem toalhas, roupas de cama, guarda-roupa com cabides ( mas bem típico, nada de portas hehe), uma mesa com papéis para você montar o roteiro, um rádio antigo decorando o cantinho da mesa, uma janela com vista para à parte de baixo do alojamento e ar condicionado.
Tanto no verão quanto no inverno um belo ar condicionado no alentejo é digno de uma classificação 5* estrelas. No verão o calor beira os 42 graus com muita tranquilidade e no inverno 1 grau não arranca pedaço.
Então além da lareira na parte de baixo ( que também tem o ar caso você não queira a lareira acesa), tem o ar condicionado bem em cima da cama.
PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO
- Na entrada tem vários guias da cidade com lugares para ir, onde visitar, dicas de roteiros para apaixonados por vinhos e onde comer.
- As indicações do Silvestre foram claras: “Aproveitem e bebam o que está lá!”e adivinhem o que estava lá? Várias garrafas de bebidas bem antigas, onde o maridão se perdeu por horas vendo rótulos, datas de fabricação, embalagens e vinhos tinto e branco do alentejo.
- Tem Wifi, tem TV à cabo e pega rede de celular normal se você for daqueles que não consegue desligar nem por orientação médica (tipo eu!).
- Flexibilidade com horários e datas: Coisa mais linda do mundo é quando eu preciso entrar em uma hospedagem antes do horário ou fazer check-out tardio e a propriedade me deixa fazer isso sem custo extra ou sem dificuldade para me responder. Quem nunca passou por esse problema que atire a primeira pedra ( bem na minha cara! Brincadeira… ). Muitas vezes temos que pagar mais uma diária só para conseguir sair no meio da tarde ou para alterar a data. Aqui no barro isso não aconteceu. ENTRAMOS MAIS CEDO E SAÍMOS MAIS TARDE!
- Tem estacionamento gratuito na rua e na maior parte da cidade. Não se preocupe com parking! ( Oremos por isso né?!)
E pelos elogios no booking ( Aliás a hospedagem está classificada em 9.9 por lá!!!!!) tudo que estou te contando é mesmo inquestionável!
SÓ VAI!
Indico a hospedagem principalmente para casais e famílias até 3 pessoas que queiram explorar a região de Évora, Redondo e derivados e que busquem principalmente tranquilidade e um pouco de sossego.
Se a intenção for aproveitar as festas da região principalmente no verão, também é uma boa pedida. Mas apostaria mais para um final de semana à dois: chocolate, vinho e lareira.
Relativamente ao custo-benefício achei excelente. Está na média dos preços de hospedagens típicas com esse tipo de padrão, ou seja na faixa dos 60 euros à noite ( Confere aqui os preços para as datas que você deseja). Ficou curioso né? Espero que sim.
Deixo aqui também o contato do Silvestre Marques proprietário e o e-mail do espaço:
E na hora de ir embora não se esqueça de deixar uma mensagem no livro de recordações que fica bem na entrada. É para não esquecer mesmo!
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*O barro é nosso parceiro e a visita foi feita a convite do proprietário