Meu quarto e último dia em Roma foi dedicado exclusivamente ao Vaticano.
No início eu simplesmente não tinha ideia da grandeza daquele lugar. Foi só depois de muitas pesquisas que entendi que o Museu do Vaticano é na verdade um conjunto de museus. O espaço comporta diversas galerias e é praticamente impossível visitar todas elas no mesmo dia com a devida atenção que merecem.
Por isso, é importante pesquisar antes o que mais te interessa por lá pra não ficar perdido quando chegar.
Conteúdo nesta publicação
O meu top 5 inclui
Museu Pio Clementino – Esse é pra quem curte esculturas! É o maior complexo dentre os Museus do Vaticano e foi fundado pelo Papa Clemente XIV em 1771 e expandido posteriormente pelo Papa Pio VI.
O museu abriga as obras gregas e romanas mais importantes dentro do Vaticano e são 12 salas no total.
Galeria dos mapas – No caminho que leva à Capela Sistina, você vai se deparar com a Galeria dos Mapas.
A galeria tem esse nome porque suas paredes são cobertas por mapas da Itália encomendados pelo Papa Gregório XIII e pintados por Inazio Danti e apesar de terem sido desenhados em 1500, os mapas são considerados super precisos e detalhados.
Mas o mais impressionante aqui é o famoso teto dourado, que certamente não passará despercebido!
Salas de Rafael – Com certeza, uma das principais atrações do museu.
As salas faziam parte dos aposentos privados do Papa Júlio II, que confiou o trabalho à Rafael. O pintor trabalhou nos afrescos de 1508 a 1520, ano de sua morte e a partir daí seus pupilos continuaram o trabalho até 1524.
A sala mais famosa se chama Stanza della Segnatura (Sala da Assinatura), que abriga a biblioteca privada de Júlio II. Aqui você vai encontrar quatro afrescos que representam os principais temas do conhecimento e são considerados obras-prima do Renascimento.
O mais famoso é “A Escola de Atenas” que retrata um debate entre filósofos gregos. Diversas figuras famosas aparecem na pintura, dentre elas Aristóteles, Platão, Pitágoras, além de amigos de Rafael como Michelangelo e Leonardo Da Vinci.
Escada-caracol – A deslumbrante escada está localizada no final do museu e leva à saída. Ela foi desenhada por Guiseppe Momo em 1932.
Capela Sistina – É claro que a atração mais famosa dos museus do Vaticano não poderia ficar de fora.
O teto da capela, obra-prima de Michelangelo, foi feito entre 1508 e 1512 tendo sido considerado uma das principais obras da história da arte e um marco da pintura da Alta Renascença. No centro do teto se destaca a obra “A Criação de Adão” e é difícil de acreditar, mas Michelangelo pintou o teto todo sozinho, já que dispensou os assistentes por não estar satisfeito com o seu trabalho.
Além do teto, Michelangelo também pintou a parede do altar com a famosa obra “O Dia do Juízo Final”, entre 1535 e 1541. Apesar da tentação, a capela não pode ser fotografada. Há vários funcionários por lá observando e sempre dispostos a chamar a atenção dos engraçadinhos que querem burlar a regra.
Ingressos
Compre com antecedência! As filas pra compra de ingresso podem ser beeeem grandes e você não vai querer perder seu precioso tempo com isso. A entrada custa € 29,50 (preço de 2018) e o audio guide sai por € 7. Sim, é salgado o preço! Mas achei que o audio guide valeu a pena.
E se você estiver em Roma no último domingo do mês, preparamos uma mega ultra surpresa pra você!! saiba que os museus são gratuitos e isso inclui os museus do Vaticano. Todo ano, eles liberam um calendário com as datas, que pode ser consultado clicando aqui.
Pós-museu
Depois do museu, almoçamos num restaurante bem gostoso ali mesmo nos arredores, chamado Arlù, que fica na Rua Borgo Pio, 135. De entrada pedimos um prato de queijos com geleia.
De primo, escolhi a lasanha, que estava maravilhosa, e meu marido foi de gnocchi ao pesto, que também estava uma delícia. Infelizmente não lembro quanto pagamos, mas não era caro não! E também não precisamos esperar pra conseguir uma mesa. O atendimento também foi muito bom.
A sobremesa ficou por conta do gelato da Hedera, famosa pelo “sorvete do Papa Francisco”, que fica ali do ladinho também, na Borgo Pio 179. O sorvete é bom, mas não é meu preferido em Roma.
Basílica de São Pedro
Depois de encher a barriga, foi a vez de visitar a Basílica de São Pedro.
Apesar de ter lido em vários lugares que havia uma passagem direta pra basílica por dentro do Museu do Vaticano, não encontrei o bendito atalho.
Não sei se foi fechada por questões de segurança, já que em razão dos atentados em outros países na Europa, a revista pessoal estava intensificada. Se alguém souber, por favor deixe nos comentários as dicas!!!
Fato é que tivemos que pegar uma fila, que deve ter demorado uns 40 minutos. E estava um sol forte. Mas até que foi rápido. Sim, valeu demais a pena ter esperado. Acho que de todas as igrejas que já visitei até agora, a Basílica de São Pedro foi a que mais me impressionou.
Também, com tanto dinheiro roubado arrecadado, não poderia ser diferente 🙂 A arquitetura é lindíssima, aquela luz entrando pela cúpula é absurda!
As esculturas então nem se fala. Sem contar com a Pietá, de Michelângelo, divinamente (se me perdoam o trocadilho) instalada lá pra gente apreciar.
Com relação ao tempo de visita, acho que não levamos mais de uma hora lá dentro.
Mais uma vez fechamos o dia destruídos, como era de se esperar. O jantar ficou novamente por conta do Sora Margherita, minha cantina preferido em Roma <3 Porque amamos fechar viagens com restaurantes maravilhoso. Quem não gosta né?? Prometo falar mais sobre ele num post só sobre onde comer em Roma, me cobrem!!!
No dia seguinte, partiríamos para Florença, mas ainda tivemos tempo de dar uma voltinha pelos arredores do Castelo de Sant’angelo (mas não entramos) e experimentar o gelato da Gelateria La Romana, que também é uma delícia. Super vale a pena.
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