Como prometido é devido, aqui vai o meu roteiro do primeiro dia em Roma.
Para início de conversa, fizemos uma caminhada pela cidade, começando pelo Trastevere, onde estávamos hospedados. Depois de tomar um café da manhã bem gostoso na Giselda Forno, com direito a bolo de laranja, corneto e suco de laranja feito na hora (vou falar mais sobre esse lugar num post sobre onde comer em Roma), fomos comprar nosso Roma Pass numa banca de informações turísticas que ficava ali perto.
Primeiro sorvete em mãos, atravessamos a famosa Ponte Garibaldi e passamos pelas ruínas da Torre di Argentina, que a princípio não tem muita graça, mas já mostra como Roma é: cheia de história em cada cantinho.
Caminhando um pouco mais, passamos pela Basílica de Santa Maria em Aracoeli, uma igreja do século XII, que fica no alto do Monte Capitolino.
Mais alguns passos e chegamos à Praça do Capitólio, situada entre o Foro Romano e o antigo Campo de Marte. A escadaria que dá acesso a ela se chama Cordonata Capitolina.
Essa praça foi arquitetada por ninguém menos que Michelangelo (não, gente, não é o tartaruga ninja, tá). É aquele pintor famosinho 😀 Então, em 1536, o imperador Carlos I fez uma visitinha a Roma e o Papa Paulo III Farnese passou vergonha porque a colina tava toda zuada. Daí o papa resolveu construir a praça e escolheu logo Michelangelo que era pra fazer valer o rico dinheiro da igreja.
Michelangelo resolveu construir a praça voltada pra Basílica de São Pedro (antes ela ficava pro lado do Foro Romano), porque naquela época era lá que tava o dinheiro poder.
Lá você vai encontrar 3 palácios: o Palazzo Nuovo, o de la Conservatori (esses dois abrigam o Museu Capitolino, que não visitamos) e o do Senatorio ao centro, onde funciona a Câmara de Roma.
No centro, fica uma réplica da estátua do imperador romano Marco Aurélio. A estátua é do ano de 176 d.C.!!! A original está no Museu Capitolino.
Ah, mas por que só tem uma réplica, Karol? Simples: Porque Roma foi bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. Então, pra protegê-la, primeiro colocaram uma proteção blindada. E depois, em 1943, ela foi retirada.
Depois da guerra, voltaram com ela pra praça e na década de 80 ela foi levada pra restauração e não voltou mais. Ficou no museu mesmo e pronto.
Logo atrás da estátua, na base das escadas que dão acesso ao Palazzo Senatorio, há uma fonte. Nas laterais da fonte você encontra duas estátuas como essa, representado os rios Nilo e Tibre, ambas segurando uma cornucópia, símbolo de alimento e abundância.
Uma dica boa pra você, viajante curioso: caminhando pela lateral esquerda da praça, você tem uma visão maravilhosa do Fórum Romano e já dá pra ver um pouquinho do Coliseu!!
Mas antes disso, na esquina entre os Palácios Senatorio e Nuovo, você irá passar pela escultura da Loba Capitolina.
Lembra da lenda de Rômulo e Remo??? Parabéns, avance 4 casas. Pra quem não lembra, volta pra escola ou procura no google mesmo 😡 , resumidamente, eram dois irmãos gêmeos, que foram abandonados no rio Tibre e encontrados por uma loba, que os amamenta. Numa disputa política entre os irmãos, Rômulo mata Remo e funda a cidade de Roma, onde reina por 38 anos. Lembrando que esta escultura também é uma cópia e a original também está no Museu Capitolino.
Conteúdo nesta publicação
ÁGUA, MUITA ÁGUA!
Outra coisa que fez com que eu me apaixonasse mais ainda por Roma foi a disponibilidade de fontes de água potável por toda a cidade. Genteeee!!! Água maravilhosa, geladinha e de graça!!! Nos dias mais quentes do ano, Roma fica insuportável de calor, acredite em mim.
Eu fui no final de maio e já estava difícil, principalmente pro Lucas (meu marido), que não suporta calor. Portanto, leve sua garrafinha na bolsa e pode riscar essa despesa da lista 😉
Passada a loba, suba mais um pouquinho e aprecie a belíssima vista. Logo ali a seus pés estará o Fórum Romano. Por favor, não saia correndo igual para o próximo ponto da lista. Não tenha pressa. Pense que aquelas ruínas estão ali há milhares de anos e um dia foram o principal centro comercial, político e religioso do Império Romano, que durou de 27 a.C. até 476 d.C.
Toda a vida política de um dos maiores impérios da história acontecia ali: lutas de gladiadores, eleições, discursos políticos. Então pare, feche os olhos e tente voltar no tempo e imaginar como aquilo tudo acontecia exatamente ali onde você está.
Bom, já deu né?! Então desça daí e bora pro que interessa, porque a próxima parada é nele:
O grandioso, magnífico, Augustus: Coliseu
Esbanjando toda a sua sensualidade bem diante dos seus olhinhos, afinal de contas é um “coroa bem enxuto”, né não? Afinal de contas, foi construído em 80 d.C., passou por guerras, terremotos e o bichinho tá lá firme e forte. Tá ou num tá inteirão pra idade que tem?? (se considerarmos que no Rio as ciclovias não duram meses… :x).
Mas não entre agora, a menos que você esteja na correria! Esse é um monumento pra ser degustado com calma, descansado, sem muito sol na cabeça.
Compre seu ingresso pela internet antes por aqui, pois a fila pra comprar na hora é gigante >>>
Maaaas, caso você não tenha seguido o conselho da tia Karol, não pense que tudo está acabado. Isso porque o ingresso para o Coliseu é triplo, ou seja, ele te dá direito a entrar também no Foro Romano e no Museu Palatino.
Isso significa que, tcharaaamm, você também pode comprar o ingresso na bilheteria do Foro Romano e evitar as enormes filas do Coliseu.
Dá só uma olhada em como estavam as filas na bilheteria de lá quando eu passei:
Sim, a maioria das pessoas não sabe desse pulo do gato e mofa na fila do Coliseu. Então se você está lendo esse post, pelamor, não vacile duas vezes. Compre pela internet com antecedência ou use a bilheteria do Foro Romano.
PIT STOP
Dali, pegamos o metrô e fomos para a Praça de Espanha, que estava nesse estado aí da foto, fechada para reformas.
Mas valeu a visita mesmo assim. Ali comemos nossa primeira massa da viagem, no Pastífico Guerra, onde um prato de massa + água à vontade (às vezes até vinho) custa 4 euros.
Confesso que não gostei, a massa estava super dura, não era al dente não tá? Era dura mesmo. Mas logo ali em frente tinha uma loja da Pompi, que vende famosos tiramissus industrializados. Escolhemos o de morando. Deu pra tirar o gosto do macarrão, mas confesso que não achei lá essas coisas. ( Há quem goste, eu não curti!)
Voltamos pra casa, descansamos um pouco e à noite fomos jantar no restaurante Taverna Trilussa, ali mesmo no Trastevere. Já adianto que não gostei e não recomendo, pois meu prato estava extremamente salgado. Mas vou falar mais sobre isso num post exclusivo sobre restaurantes em Roma.
Em matéria de gastronomia, o dia foi #fail, mas os dias seguintes compensaram muuuito!!!
Quer mais dicas de Roma? Clique aqui pra ver o resumão que a gente fez da viagem!
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